sábado, 10 de março de 2012

Deus, lago

Hoje saí do trabalho, e senti a modos que uma necessidade imensa de estar com Deus. Então fui à missa. E então, alienei-me de tudo e todos e falei com Deus. Senti-O como nunca. Sem Ele, a minha existência não faria sentido. Sem Ele, não teria objectivo, caminho, ou o que querem-lhe chamar. Sinto-me um robot, criada para ajudar a salvar vidas. Sinto que fui programada para me ajoelhar no chão, debruçar-me em corpos inanimados, e salvá-los. E só percebi isto aos 16 anos. Só percebi aos 16 anos que sentia de facto Deus. O "click". Foi um "click" partilhado por um grupo que me mostrou muito, mas que não imagina o quanto.
Ainda não contente de estar com Deus, dirigi-me ao porto do lago a pé. O sol estava a deitar-se. As ondas batiam suavamente nos rochedos. Suspirei e deitei os meus maiores pensamentos à água, e envolvi-os nas ondas. Recolhi as respostas com um suspiro.

Sei que jamais regressarei a Portugal definitivamente. Sei que cá ficarei eternamente. Sei que acabarei por liderar uma equipa de enfermagem, está-me no sangue e no cérebro. Como o sei? O lago e Deus :).

3 comentários:

Dark angel disse...

És linda. Acredita...

Um abracinho grande e apertado***

disse...

A inevitabilidade da nossa geração: partir sem vontade de voltar. Ainda não fui para Londres mas já sei que dificilmente voltarei para Portugal. Porque é bom sabermos que somos apreciados por desenvolvermos o nosso trabalho o melhor que sabemos, que nos dão valor e que podemos crescer profissionalmente até onde a nossa ambição nos levar.

Depois ficam as saudades, os momentos de nostalgia, as tristezas e as ausências, compensadas por todo o bem que nos levou a deixar tudo. E por isso, somos felizes!

(já há tanto tempo que não te dizia nadinha, shame on me, bem sei)

Um beijinho grande.

Sofia disse...

Um grande beijinho pelo teu lindo texto!
Sofia