sexta-feira, 23 de março de 2012

A evolução dos telefones

Quando ainda tinhas menos juízo do que agora, ou seja, há apenas uns 18 anos atrás, sonhava ser secretária. Tinha um magnífico telefone cor-de-laranja fluorescente com uma antena que subia e descia ao movimento dos meus lábios e qua emitia som, e fingia que falava com alguém do outro lado da linha enquanto preenchia avidamente revistas de moda com rabiscos, sendo uma empregada extremamente competente. Note-se que o telefone inicialmente vinha recheado de guloseimas quando me foi oferecido, mas isso não tirou a importância ao dito.

Cresci com um fascínio pelos telefones sem fios.

Até que passei pela experiência de call-center, e a coisa mudou ligeiramente. Passava 5 horas num telefone fixo a tentar vender os meus adorados telefones sem fios, coisa que não fazia sentido, e aquilo irritou-me profundamente e fui-me embora ao fim de 3 dias. A responsável ficou chocada, era a melhor vendedora (sim, ela viu isto em apenas 3 dias).

Hoje em dia, tenho o meu próprio telefone deste género no trabalho. E acho que ainda não o atirei à sanita enquanto estou na casa de banho nem que seja apenas para lavar as mãos e ele toca (não vou descrever nada mais aprofundado, descansem), porque acho que a chefe ia achar tanta piada e ser solidária, que ia fazer o mesmo ao dela, e o cenário seria um pouco caótico nas intercomunicações da equipa.

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