Na fila da cantina

Após uma longa reflexão (mas não necessáriamente coerente, como todo o ambiente em que tendo a viver), decidi dedicar o meu post de hoje à breve descrição das ocupações que eu, o meu grupo de amigas, e um certo moço (que muitos diriam que bem se podia sentir no Paraíso por se integrar no nosso "grupinho de gajas"), temos nos 45 minutos (sem grande exagero nem espanto), que permanecemos diáriamente na fila da Cantina da nossa Universidade.

Desde que saímos da nossa Escola de Saúde até chegar à cantina, pelo caminho podem existir desde "agressões físicas ditas lésbicas", piropos para elementos do grupo a alta voz apenas porque a dita pessoa se pode encontrar a 0,5 m de distância, insultos aos nossos defeitos físicos que não existem e até são os nossos pontos de atracção aos olhos másculs (cof, cof...).

Após a chegada à fila da cantina, é só arranjar um novo entretimento. Como por exemplo? Oh... Todos os dias surgem novos desafios: massagens a omoplatas, bícepes, com o salientar da expressão de agrado que mais parece vinda de um filme de Ciccolina; penteados com alta probabilidade a voltarem vindos do séc. XIX; cânticos e coreografias religiosos, em versão remix; olhar e trocar entre nós risos após o "topanço" das cuecas da outra que vem para uma fila ascendente de mini-saia; olhar descarado e comentários acerca dos olhos lindos daquele, ou do rabo perfeito daqueloutro; relato e escuta activa das vivências emocionais umas das outras (o moço não participa, porque nunca namorou), com direito a abraço e beijos em grupo.

Após tudo isto, pergunto-me: mas que raio haverá de pensar quem está a assistir a estas nossas tristes figuras?

ESSUA, 4EVER!