sábado, 31 de janeiro de 2009

Em comentário a "Volátil"

Deitada, contemplo o vazio

Sou tudo e nada.


Quero ser forte,

Quero sentir-me desejada.


Pergunto-me como aqui cheguei,

Mas não encontro a luz que em tempos encontrei.


Para quê caminhar,

Se o amanhã poderá nem chegar?


O sorriso do outro,

O olhar que me prescreve a alma.


Afinal existo,

Afinal não sou nada.

2 comentários:

Anónimo disse...

woooooooow!!
muito bonito e profundo!!
retrato fiel das inseguranças, anseios e dúvidas que qualquer um de nós tem em relação a si mesmo e ao lugar que ocupa no Mundo.
cada um desses pensamentos que escreveste podia muito bem ser meu. dias houve , em que já foram parte de mim. dias haverá, em que voltarão de novo .
para quê caminhar?!! para quê acreditar?!!
talvez para que se hoje eu não me perder, amanhã me consiga encontrar.
talvez...grande talvez..
maior que as incertezas se existo mesmo ou se não sou nada mais que um a mais.
brinda-nos com mais posts destes. gostei muito.
jinhos e coiso i tal :-))

ass: alguém, um pouco de tudo e um pouco de nada

Cristiana A. disse...

Adorei o poema!

As incertezas que nos fazem... o querer ser tudo e sentir nao ser nada. "Para que sirvo?"... "Para quê caminhar?"... De mim te digo, porque ha sempre alguem pior que nos, que nos precisa, que nos anseia... Para quê caminhar? Para ser um pouco mais, para dar um pouco mais a quem nada tem se nao a ti!